EPIDEMIA

Campinas registra maior epidemia de dengue da história da cidade

Até esta sexta-feira (26) a cidade registrou 65.808 casos da doença

Do Correio.com
26/04/2024 às 11:59.
Atualizado em 26/04/2024 às 12:18

Campinas atingiu a maior epidemia de dengue da história da cidade. O Painel de Monitoramento de Arbovirores foi atualizado e até esta sexta-feira (26) a cidade registrou 65.808 casos da doença. 

O número supera a marca de 2015, quando Campinas registrou 65.754 notificações.

VACINAÇÃO

A Secretaria de Saúde divulgou na segunda-feira (22) à tarde que aplicou 5.959 doses de vacina contra a dengue no público-alvo, crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, desde o início da campanha, no dia 11 de abril. A primeira remessa de vacinas recebidas por Campinas tinha 18.063 doses. De acordo com a coordenadora do Programa de Imunização, Chaúla Vizelli, a procura tem sido expressiva e ainda há doses em todos os 68 centros de saúde da cidade.

O esquema vacinal recomendado corresponde à administração de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. A operacionalização da campanha é uma decisão de cada município que visa a maior efetividade para atingir este público-alvo. 

ORIENTAÇÕES

A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.

Desde dezembro de 2023 a Secretaria de Saúde já colocou em prática uma série de medidas consideradas adicionais ao planejamento regular de prevenção e combate à dengue. De acordo com a Pasta, as iniciativas começaram a ser copiadas por outros municípios diante do contexto do aumento de casos da doença. O plano inclui Sala de Situação para análise sistemática, reorganização da rede municipal de saúde e novo site para divulgar informações. Outra novidade é o uso de inteligência artificial para ampliar o monitoramento e assistência em saúde aos pacientes com dengue. Toda pessoa diagnosticada ou com suspeita da doença, após atendimento no SUS Municipal, recebe via WhatsApp mensagem disparada pelo chatbot que auxilia a Pasta a acompanhar as condições do paciente. Caso necessário, é feita nova orientação sobre busca por atendimento.

A Prefeitura criou ainda o Grupo de Resposta Unificada (GRU), que envolve todas as áreas com objetivo de agilizar respostas e fiscalizações para as denúncias sobre criadouros.

Estatísticas do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) mostram que 80% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão nas residências. Portanto, o enfrentamento à epidemia exige esforço compartilhado entre Poder Público e população para eliminar qualquer espaço com água que possa ser usado pelo inseto para proliferação.

A Prefeitura conta ainda com um comitê de prevenção e controle de arboviroses desde 2015, que em 2023 passou a se chamar Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses. Ele reúne 14 secretarias: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos, Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti, Setec e Sanasa.

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